sábado, 23 de julho de 2011

Diarréia é uma defesa do corpo e não deve ser interrompida, dizem

A diarréia é uma defesa do corpo para eliminar vírus, bactérias ou parasitas, os três principais causadores da doença. Junto com esses micro-organismos, saem água, sais minerais e outros nutrientes, além das fezes, que se tornam mais líquidas e intensas.
Por ser um mecanismo para combater invasores, o problema não deve ser interrompido por remédios, e passa sozinho em dois dias a duas semanas. Os primeiros momentos são os piores, em que há mais volume de cocô e/ou vômito. Após três dias, a mucosa do intestino é capaz de se regenerar.

Essa infecção ocorre principalmente pela falta de saneamento básico ou higiene, alimentos e água contaminados. Lavar e desinfetar superfícies, utensílios e equipamentos antes da preparação da comida, além de proteger a cozinha contra insetos e animais de estimação, são passos fundamentais.

Outro gesto simples, como guardar o açucareiro na geladeira para evitar formigas, é capaz de impedir a transmissão, que ocorre de pessoa para pessoa. Outras medidas básicas são: dar descarga com a tampa do vaso sanitário fechada e manter o lixo sempre tampado, já que o contágio pode acontecer em um raio de até seis metros.
Além de micróbios, fatores emocionais, como estresse ou nervosismo, e uma descarga de adrenalina podem desencadear a diarréia.

A principal recomendação é tomar muito líquido – como água, água de coco, sucos, chás, isotônicos e o soro de reposição oral (disponível nos postos de saúde) –, manter uma alimentação leve e esperar que a situação passe. Refrigerante não deve ser consumido nesse caso.

Situações mais graves, em que o indivíduo fica sem forças e desnutrido, exigem internação. O paciente também pode apresentar náusea, vômito, febre, dor abdominal e até sangue ou muco nas fezes.
Na superfície intestinal, há uma série de ondinhas (vilosidades) que servem para "atrasar" o trânsito dos alimentos e favorecer a absorção dos nutrientes. Bactérias, por exemplo, grudam no topo dessas vilosidades, e as substâncias ruins (toxinas) produzidas por elas abrem uma espécie de "comporta" na parte de baixo da onda, liberando água das células. A água leva embora as toxinas e também os nutrientes, acelerando todo o trânsito intestinal.

Sinais clínicos para identificar a gravidade da diarreia:
- Dobrar a pele da barriga (na criança) ou da testa (no idoso). Se ela demorar para voltar, pode ser sinal de desidratação
- Pressão arterial abaixo do normal (12 por 8), o que pode indicar desidratação
- Aumento da frequência cardíaca: o sangue circula mais rápido em caso de desidratação. Os batimentos por minuto sobem, por exemplo, de 80 para 120
- Secura da boca, língua ressecada e sede
- Apertar as unhas e abrir e fechar as mãos para observar a irrigação sanguínea. Se o sangue demorar para retornar, pode ser desidratação
- Urina concentrada, de cor amarelo escuro
- Olhos fundos, principalmente em crianças
- Prostração. Não conseguir fazer atividades normais é sinal de alerta e exige uma ida ao pronto-socorro

Medicamentos
A automedicação é muito ruim e pode piorar o quadro de diarreia. A indicação de antibióticos só pode ser feita por um médico e ocorrer quando o benefício for inquestionável, pois a doença aguda, em grande parte das vezes, tem um curso limitado.
Se a diarreia for provocada por vírus, não há tratamento com remédio, apenas cuidados de suporte, como a hidratação do paciente. Em caso de diarreia por parasitas, utilizam-se medicamentos específicos, de acordo com o animal responsável.
Purificação de água
Se a água para beber não for potável, deve-se tratá-la por fervura e/ou cloração com hipoclorito de sódio a 2,5% (distribuído gratuitamente em todos os postos de saúde do Brasil). Pingue duas gotas para cada litro e deixe agir por 30 minutos.

Cuidado!!!
Beijos Andressa

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